sexta-feira, 11 de julho de 2008

AQUEIMENTO GLOBAL

preocupada com o metano do gado
Cientistas argentinos estão fazendo uma experiência para medir o impacto do gás metano no aquecimento global. O foco do estudo é o metano emitido pelo gado bovino na atmosfera, na forma de arrotos e flatulências. De acordo com algumas pesquisas, o metano é 23 vezes mais potente em manter o calor na atmosfera do que o dióxido de carbono.
Para medir esse volume, os pesquisadores coletam o material produzido no estômago dos animais através de um tubo, armazenando num cilindro plástico mantido nas costas do bicho.
Cerca de dez vacas estão sendo usadas no experimento. Cada animal, de cerca de 550 quilos, pode gerar de 800 a mil litros de emissões por dia.
Pelos cálculos iniciais dos pesquisadores do Inta Instituto Nacional de Tecnologia Agrícola, cerca de 30% do gás-estufa gerado na Argentina provém de seu rebanho bovino. Na região dos Pampas, o país mantém 55 milhões de cabeças de gado.
Os cientistas agora vêm tentando desenvolver uma nova dieta para o rebanho, para diminuir a produção de metano, substituindo os grãos por gramíneas como alfafa e trevo, por exemplo. Há indícios ainda de que a adição de tanino à ração pode reduzir 25% do gás emitido.
Globo Rural - 11/07/2008